Na última quinta-feira, dia 19, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife aconteceu a audiência pública “Os rios do Recife”, o evento foi transmitido ao vivo no youtube, para quem não conseguiu acompanhar o conteúdo está disponível gratuitamente no YouTube. A temática principal discutida foi a situação dos moradores de áreas de risco, que quando chove precisam sair de casa e ir para algum abrigo. E umas das solicitações foi que seja criado uma cartilha do que fazer quando acontecer essas situações de risco, mostrando onde fica o abrigo mais próximo para que essas pessoas saiam de casa antes que algo mais grave aconteça.  

Outro tema debatido foi a necessidade de uma campanha de educação ambiental, para conscientizar as pessoas a não descartar lixo nos rios. Mas o descarte de lixo não é o único causador de problemas, a impermeabilização do solo através do concreto dificultando a filtragem da água também, moradias construídas nos espaços da água e em espaços com risco deslizamento e o estrangulamento dos rios elevando o nível da água. Todos esses foram problemas debatidos na câmara. Tudo isso somado às mudanças climáticas causando chuvas mais fortes e intensas.     

Ainda sobre o descarte de lixo nos rios,Cintia Rafaela, Diretora Executiva de obras da Emlurb, estabeleceu dois conceitos de drenagem de água, Microdrenagem que é feito através de bocas de lobo e caixas de drenagem que são limpos diariamente, onde desde 2021 foram retiradas cerca de 83 mil toneladas de lixo, e a Macrodrenagem que é feito através de canais.  

O debate foi mediado pela Vereadora Liana Cirne, o resto da bancada foi formada por Gessica Dias membra do Fórum Popular do Rio Tejipió, Marcelo Asfora Secretário Executivo de Infraestruturas Hídricas de Pernambuco, Oscar Barreto Secretário do Meio Ambiente, Cintia Rafaela Diretora Executiva de obras da Emlurb, o Professor Jaime Cabral, Belize Câmara Promotora do Ministério Público de Pernambuco e Kássio Kramer Gerente do Setor de Monitoramento de Recursos Hídricos da APAC.

Como principais demandas foram, solicitação de mapeamento e publicação prévia de rotas de fuga e abrigos, elaboração de um protocolo de alertas hidrológicos, a ministra da ciência e tecnologia Luciana Santos já anunciou que já estão sendo feitos investimentos na área, a orientação aos cidadãos e cidadãs para como agir para quem mora em áreas de risco 3 e 4 através de uma cartilha.